Perante a fria rigidez de um túmulo,
Todos que deslumbram o sol são iguais,
Não há melhores, não há os ditos piores,
Nem guarida letrada para os intelectuais,
Foro para ricos ou castigo aos pobres,
São episódios restritos ao mundo dos mortais.
Ali jaz todo ego e avareza,
Arquivados são os feitos imorais
Cessam-se os ritos e os prodígios
Igualam-se justos, divos, marginais;
Rei é destronado de seu poder e posse
E plebeu despido de seus parcos ideais.
Na mansão dos mortos não há empregados
Pois ninguém está subordinado aos demais.
por Júnio Liberato
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