É intragável; torna-se tão repulsivo.
Após o primeiro gole, a primeira taça
Já não desce mais, decifra-se amargo
Nausea o corpo, a alma e o desejo.
É como engasgar-se por mero descuido
Com espinhos de um peixe saboroso
Que de tão gostoso parece camuflar
Os perigos que a carne pode esconder.
É feito asia que desponta repentina
Vulcão a erudir subindo ao exôfago
Máscaras caricatas a preencher o vazio:
Sorrisos falsos e maquiagem num rosto.
Pérolas aos porcos, doces aos urubus
Flores aos mortos, elogios aos surdos.
Feitos tão imperfeitos partidos de dentro
De um universo tão vasto para um mísero mundo.
por Júnio Liberato
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