Veranico

A chuva a cair ligeira lá fora
Traz cá dentro sóbrias recordações
Em forma de enxurradas urgentes
Para as mais diversas direções.

E feito cada pingo no telhado
Cada qual surte um efeito
Para alguns é veraneia bonança
Para outros, ônus financeiro.

Afago para uns, incômodo para outros
Porto inseguro do desassossego
Pois bem são as lembranças vestígios
Que aliviam ou torturam o sujeito.

A memória mata antes de tudo
Pouco a pouco, destroço a destroço
Mata sem fazer uso da força
Ministrando em pequenas doses o remorso.

por Júnio Liberato

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