A maturidade é uma “boa velhinha”
Que desce as chaminés dos desencontros
E bate seu ponto em areias movediças,
E traz nas costas o legado da dúvida
Fazendo daquilo que antes prioridade
Nada mais além de uma banal recusa.
Quando o fruto da dor não amadurece
O medo se instaura e a paralisia aflora;
Que nunca deixem de enxergar os olhos
Com auxílio precioso da razão e da lógica
O nó camuflado que desfaz o laço da forca
E o ponto mais cego no truque da ótica.
Como se fosse em qualquer lugar
Os frutos maduros não colhidos caem
E suas sementes germinam tão logo
Quanto a matéria que decomposta se esvai
E renascem num ciclo que nunca cessa
Neste solo tão podre, testemunha dos ais.
por Júnio Liberato
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