Verdade é um veneno letal,
Ao frágil organismo farsante,
Uma receita que soa amarga
Dando seu sabor ao instante;
Mudando da água para o vinho
A sutileza de um semblante,
Não faz preliminares
Nem rodeios estonteantes,
A verdade é emergente
Não é para principiantes.
Como todos os medos profundos
Que ameaçam findar um legado
A verdade é onipresente,
Como a urgência de um recado.
A verdade é impaciente,
Um felino mal aprisionado
Nos elos frágeis da mentira
Que não se prendem por cadeados.
A verdade é unilateral,
Dispensando agradecimentos
Quase nunca é absoluta,
Quase sempre é um dividendo
A todo instante é uma intrusa
Máscaras e disfarces removendo,
A verdade dá fim ao teatro
Em cada ato um sai perdendo.
por Júnio Liberato
Tudo aqui é maravilhoso.
Parabéns, poeta Juninho, meu neto do coracao
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Obrigado pelo carinho. Abraços.
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