Aquilo que não vêem os olhos altivos
Ao coração, sentir, não é outorgado;
Todavia, nem tudo o que este sente
Precisa antes, pelos olhos ser testemunhado.
Nem sempre é pelo livre arbítrio
Que tal feito (malfeito) é por um flagrado
Ou, a verdade, velhinha teimosa que é
Vem à tona em pêlo, a galope ou a nado;
Não é toda manhã que se pare uma mentira
Com a certeza convicta de que ela permaneça
Entre costuras, atrás dos panos da cortina
Sob o véu da chantagem que os cobre feito peneira.
por Júnio Liberato
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