O arado de vovô
Enferrujado se mantém
Debaixo do assoalho
Isolado sem ninguém
Tem saudades da roça
De arar no vai e vem.
Muita terra preparou
O plantio para muitos
Milho, cana e feijão,
Puxado pelos bois em conjunto
Rasgava o solo umedecido
Em questão de meros minutos,
Hoje como uma relíquia
Aposentado se encontra
No frio cômodo da casa
Cercado de mofo e teias de aranha
O tempo é cruel com tudo
Com todos que ele apanha.
Apesar da sua gula
Se manteve em boa forma
Cada sulco feito na terra
Um grão que carregava história
Hoje plantados somente às margens
Nos solos áridos da memória.
por Júnio Liberato
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