O velho monjolo a beirar a estrada
Um tanto desbotado e pouco elegante
Com os galhos secos entortados, em suma,
É mais do que os olhos avistam em superficial.
Seu semblante meio curvado
Em resistência à força dos sopros
Dos ventos pouco educados
Que não souberam lhe moldar;
Esconde a real intenção
Que o levou a obedecê-los
Sem se opor nem rebelar.
Aquele senhor monjolo
Parte da natureza morta
Há décadas guarda segredos,
Sobretudo, uma árvore idosa
Que apesar de resistir com medo
Prova que a fórmula para longa vida
É, dentre outras coisas, engolir desaforo alheio.
Aquele monjolo ancião,
Que se sustenta teimoso e guerreiro
Não é apenas um sobrevivente de guerra
Pois, é antes de tudo, rodoviária do passaredo.
por Júnio Liberato
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