O lamento é em forma de canto
Ópera solo na lápide de uma gaiola
O pedido que é negado por vezes
E sai do bico de um pássaro que sola
É a melodia de quem perdeu o abrigo
Da liberdade que havia lá fora.
Pássaro preso não canta, lamenta
Emplumado por sob o poleiro
Numa dor que não se contenta
Na solidão de um cativeiro
Vendo o mundo quadriculado
Quando algo lhe possui não é verdadeiro.
Um prazer que aprisiona
Não é um prazer que se sustenta,
Asfixia no fundo do peito
“Amor” que silencioso violenta,
Sem uso da força dos punhos
No júri da alma dá sua sentença
Como a alma de um pássaro ferido
Que não canta, simplesmente lamenta.
por Júnio Liberato
Maravilhosa escrita, Juninho.
Mais uma vez arrasou.
Parabéns, querido.
Abraços
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Obrigado ❤
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