Logo após um grave erro
Ser cometido por descuido
A amargura convertida em remorso
Ante a impotência do absurdo
Torna-se uma corda no pescoço
Dando um nó cego em quase tudo.
E as dores tidas na consciência
São as piores chagas que há
Não são apagadas pelo tempo
Nem se pode contra medicar
Já que as páginas do passado
Ninguém têm permissão para arrancar.
Pode até ser que a gente mude
Ou tente não repetir a mesma falha,
Entretanto o convívio com a recordação
É dos desafios o que mais atrapalha
Mesmo após ser concedido o perdão
Corta e recorta o peito feito navalha.
por Júnio Liberato
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