O medo é inibidor de sonhos,
Embora pareça uma covardia
Nem sempre há uma simetria
Nesta vã afirmação,
Ainda que eu o abandone,
Não haverá reciprocidade
Já que o medo é a metade
Que compõe uma decisão.
E ainda que eu queria xingar
Todos os nomes que me lembro
De Janeiro até Dezembro
Não irei me libertar,
Tenho medo de quem some,
É o trovão que me apavora,
Errar a alvo toda hora
Atirando flechas sem parar.
por Júnio Liberato
Deixe um comentário