O mundo é um palco de falsos atores,
E um ato omissivo revela mais que a cena
A maquiagem assaltando a identidade
O piso é o teto; pirâmide escalena,
As cortinas de camurça sempre se abrem,
Mas as máscaras, essas quase nunca caem,
Uma mão sempre a acode antes a tempo
Enquanto as verdadeiras se esvaem,
E se todos fôssemos protagonistas?
Fácil! Os vilões logo destes surgiriam,
A cena sempre exige dois pólos,
Dois opostos que jamais se atrairiam.
por Júnio Liberato
Deixe um comentário