Não cultuo o ódio às pessoas,
No entanto, o faço a algumas ações.
Eu não gosto de quem me vende ilusões,
Haja vista que sou péssimo negociante,
E com certa inocência no olhar,
Compro todas a alto preço.
Sou eu que sempre assumo a conta;
Tomar manta é meu talento!
Prejuízos são minha sina.
Não me habituei a dar o coração
De bandeja como uma mera porção
A popularescos leilões de fim de festa
Nem de doar-me por inteiro
Como um agrado mal intencionado
E, de uma forma assim perversa
Ter as esperanças descartadas
Em função de uma cutia desonesta.
Por que será que não me adapto?
A este comércio desonesto?
Afinal, nem se trata de negócios
Estas emoções ralas do agora,
Não economizo nas doses,
Porém, sempre termino no vermelho;
Tudo já não é mais como antes,
Pois quanto a tudo que aí está,
Fico um tanto quanto desatento,
Deste modo me perco.
Vejo todos comerciantes
De que surja o amor verdadeiro.
por Júnio Liberato
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