É ali, bem ali,
Que meus medos buscam guarida.
Onde o sol desaparece, covarde,
Trazendo a tona o denso escuro,
Onde a lâmina é mais afiada
E a carne mais frágil, eu juro;
É bem ali que mora a dor,
No fio da meada,
Nos limites da linha
Onde o calor se esvai,
E o frio se inicia.
Ambiente sombrio
Que esconde armadilhas,
É ali, bem ali;
Que meus olhos sangram
Que meu coração é partido,
Que minhas emoções são feridas;
O meu corpo teme por tudo,
Meus sonhos são sequestrados
E minha alma depois de apreendida
Por alguns míseros réis é trocada
E as sobras menores são repartidas.
por Júnio Liberato
Lindo poema, Juninho. Parabéns, por mais essa preciosidade com que nos presenteia.
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Obrigado pelo carinho ❤
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