Não me atrevi a arrancar
A pétala da flor do campo
Só porque eu gostei tanto
Das suas pétalas a bailar,
No sopro apaixonado do vento
Que suspiros lhe arrancava
Com uma fragrância perfumada
Cortejando-lhe sem parar.
E agora permaneço
Em silêncio a admirar
O botão que irá desabrochar
Antes que o vento a seduza.
Pois, no jardim da minha vida
Quantas vezes me feri
Em espinhos que eu não vi
A dor se manifesta muda,
E o amor que nasce fugaz
É uma flor que morre cedo
Deixando por herança medo
O melhor a se fazer é podar.
por Júnio Liberato
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