A vida é um pequeno barquinho à vela
Tocado de mansinho pelo sopro do vento
Nas variadas marés deste oceano
No conta gotas veloz do tempo
A gente vai sendo levado embora
Mesmo sem o nosso consentimento.
O tempo é feito aquele viajante
Que não repete destinos conhecidos
Que sempre está se locomovendo
Como areia entre os dedos se esvaindo
Enquanto no retrovisor da vida
A poeira do passado vai sumindo.
E a vida muito sim se assemelha
A um volumoso novelo de linha
Cada um tricota o seu destino
Para no fim cumprir sua sina
E então quando a linha se acaba
Como uma fita cassete terminada
O tempo incapaz não mais rebobina.
por Júnio Liberato
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