Os ponteiros do relógio alinhados,
Perfeitamente ajustados
aos meus desesperos,
Pendurado na velha parede esverdeada
Desbotada pelo tempo,
Açoita a minha paz.
Abafa minha voz.
Tamanha agonia me traz.
Não sei muito a respeito do tempo,
o que sei é que ele é fugaz.
Uma gota d’água pingou do telhado
rompendo o silêncio da madrugada
Me despertando de um sono
Onde profundamente
comigo mesmo sonhava
Andando de mãos dadas com o acaso
Tendo sob minha custódia
o controle total do tempo
Da situação…
Do ego,
Do tédio,
Do marasmo, da agonia,
da crise de meia-idade.
Da disparidade dos sentimentos internos.
Ah! Quebrou-se o sossego.
Que pena!
A gota fria e solitária
Despencou do telhado
E me despertou de um sonho
que na vida real,
Eu não chamaria sonho,
mas sim, ideologia.
por Júnio Liberato
Muito bom esse poema.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Obrigado ❤
CurtirCurtir
Muito bom esse poema.
CurtirCurtido por 1 pessoa
Obrigado pelo carinho ❤
CurtirCurtir