Em minha cabeça se passam bilhões
De pensamentos agora
Queria ser capaz de organizá-los um a um
Numa fila indiana.
Queria ser capaz de fazer
Uma distinção exata entre cada um deles.
Gostaria de tentar, só mais uma vez.
De correr o risco e recuperar
boa parte do que foi arquivado
Lá no meu passado, tão distante.
E elas não entendem,
Eles, não compreendem
Que as vozes gritam alto
E os sinos badalam ainda mais alto
Que nem ao menos consigo me decidir.
E de onde vem as vozes?
De onde vieram os sinos?
Eu não sei a resposta!
Mas acho que vivem infiltrados
Nas brechas das paredes rachadas
Dos meus neurônios,
E isso me faz pensar que:
A vida é uma roleta russa,
Sou eu quem decido a próxima jogada:
Ou é gatilho, ou é tentar de novo
Só não vale ficar parado no meio da estrada.
por Júnio Liberato
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