Nos delírios mais profundos
embarco sem pestanejar
Nos deleites mais ousados
Vou de “mala e cuia”
Imaginando loucuras
Construindo um império
Ao qual dinheiro algum pode comprar.
Corro em sentido contrário
Invertido. Anti-horário,
à areia da ampulheta que encobre fugazmente
Pulsante e latente
Um a um meus planos de vida.
E ouço, trazida pelo vento
Aquela canção que vai fundo,
bem lá, no fundo tocar
Os sentimentos mais aflorados
Que nem mesmo eu
tenho permissão para tal.
Veio quebrar as algemas estereotipadas
Libertar a alma do poço negro da rotina
Veio trazer à tona uma nostalgia,
Lembranças que achei que já não tinha
Resgatadas dos neurônios mais adormecidos.
por Júnio Liberato
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