Ó canarinho solitário,
Meu amigo das manhãs cinzentas,
Cantando suas mágoas e tristezas,
Como é bom ouvir teu canto,
Canarinho, meu fiel amigo emplumado,
Que cantas aqui no meu terreiro,
Tu cantas quase que o tempo inteiro,
E consegue assim emocionar-me.
Tu cantas e inspira-me,
Com teu bico tão afinado,
Neste galho empoleirado,
E eu aqui, a lhe escutar.
Nós dois agora cantamos juntos,
Para tentar dar fim à solidão,
Talvez, para espantar a dor da paixão,
Ou simplesmente para tentar esquecê-la.
Sei que seu canto traz-me paz,
E que formamos de certa forma um dueto.
Pois, assim como tu eu careço,
Dos sentimentos bons que na vida há.
por Júnio Liberato
Deixe um comentário