Aborreço logo cedo,
quando não vejo o sol brilhar
Quando me dou conta que não tenho
Um sorriso para me encantar
Sabendo que não há alguém
Me cativando com um olhar
Uma boca ao qual beijo
Sentindo o coração palpitar.
Aborreço, ao chegar no vazio desta casa,
Aborreço ao sair dela,
Quando encontro o silêncio
E ele me cumprimenta
com um aperto de mão
Mensageiro impertinente
Cúmplice número um da solidão.
Aborreço por completo.
Ouvindo apenas o som do vento
Na janela fria e enferrujada
Soprando delírios a meu favor.
Se aborreçer é tão comum atualmente.
Dentro de mim um mar de incertezas
Lá fora, um mar de gente
Das quais em suas mentes
Não se encontra profundidade
Cujo coração já corroído,
está imerso na maldade.
por Júnio Liberato
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