Carência é se amar bem menos do que deveria
É se usar e deixar que alguém faça o mesmo
Passando a viver a vida em função deste alguém
Totalmente dependente a satisfazer seus desejos.
Frágil taça de vidro que se despedaça indefesa
Em milhões de pequenos pedaços humanos
Milhares de vezes, assim repetidamente
Sem se cansar de cometer o mesmo erro.
É sentir a presença do que não está ali
Teimando em ver reflexos mortos na poça
Formada pelas frias lágrimas vertidas
Brotadas na fonte de um coração de louça.
É como o beijo repulsivo e lento da morte
Num cumprimento bem rude e indesejado
Sob o vento forte que sopra bem frio
Que pelos lábios secos da noite é assobiado.
Assim é a solidão, a para aqueles que dela sofrem
Por favor entendam, que no mundo não há espaço
Para aqueles que do amor já desistiram
Mas que ainda sabem e conhecem o seu significado.
por Júnio Liberato
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