A vida é uma nuvem de fumaça
Que o sopro da morte traga
E a saudade que mais machuca
É a que não pode ser matada
Igual uma doença crônica
Que tarde foi diagnosticada.
Estou comparando a saudade
Com um prego enferrujado
O martelo da solidão batendo
Até ele ficar bem amassado
Igualmente um coração humano
Que por esse mal é vexado.
Não há quem possa inventar
Um remédio que traga a cura
Uns dizem que esse é o tempo
Que leva embora a amargura
Para um lugar bem distante
A memória que tanto machuca.
por Júnio Liberato
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