Estacionem as vossas diligências.
E soltem estes pobres cavalos,
das carruagens que ainda insistem.
Apaguem o fogo ardente
Nas borbulhantes caldeiras de bronze
que muitos artigos da lei transgridem.
Que este ar densamente esfumaçado
Pelas gigantescas chaminés industriais
Não seje motivo de alarde ou vergonha.
Por dentro, todas as casas vazias
Quase que vinte e quatro horas por dia
Sem que haja ao menos uma figura humana.
A verdade acabou de chegar de viagem
Sugiro que dobrem seus joelhos
e comecem logo suas orações.
Que cessem as lágrimas de crocodilo.
Já basta destes lamentos mal ensaiados.
Não cola mais este jargão demasiado antigo.
É o momento de equilibrar a balança
Distribuir por igual a herança
E desvendar por fim, os olhos da justiça.
por Júnio Liberato
Deixe um comentário