Estou perdido no meio termo da busca.
Entre os ponteios milimétricos da viola
me equilibrando no ponteiro da bússola.
O tom cinza do horizonte abatido
minha visão vaga e oscilada ofusca.
A parada nem sempre é obrigatória,
Porém, na maioria das vezes é brusca.
Saltando etapas importantes da lida,
Busco focar em questões mais filosóficas,
desejando mergulhar em águas profundas.
Qual seria o sentido da vida?
Qual é significado de cada surra?
O astro hemisférico mais brilhante
que por teimosia, pela manhã pernoitou
Ilumina o caminho em que iniciei a minha busca
nos trilhos opostos de uma ferrovia que se estreitou.
Seguindo sinuoso por caminhos estranhos
Infringi algumas normas do formulário
desobedeci inúmeras ordens de parada
Ao buscar decidido por alguns atalhos.
Talvez eu tenha me tornado um estranho,
Talvez, tenha sido um pouco vago,
Qual seria, por fim, o “xis da questão”
Se eu houvesse seguido à risca o abecedário?
por Júnio Liberato
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