De Volta À Superfície

Tentei caminhar pelas veredas justas deste mundo
porém, afundei-me num mar de espessa lama
que engole a cada dia todo e qualquer espírito conservador.

Tentei voar solto, desimpedido pelos céus com liberdade
todavia, cortaram minhas asas, pena por pena
com a tesoura afiada da censura
a mesma que silencia os “conspiradores”
cortando suas cordas vocais.

Procurei por aí a verdade, e ao encontrá-la
com extrema dificuldade
busquei a cada dia caminhar lado a lado com ela,
entretanto, todos corriam de mim e me isolavam
numa jaula que mais parece uma masmorra
criada pela própria sociedade, influenciada pela mídia,
financiada pelo Estado, apoiado pelos “soberanos”.
Jaula esta, preparada para aqueles
que transitam na contramão da maioria cega,
do rebanho desorientado. Dos fantoches humanos.

Eu até tentei mergulhar
no oceano das ideias e dos sentimentos,
ademais, em vez de me perder na imensidão,
eu me machuquei
em função de não haver profundidade ali, mas sim
uma superficialidade absurda.
Foi aí então que percebi nunca ter saído da superfície.

por Júnio Liberato

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